terça-feira, 20 de julho de 2010

Sobre a morte

Acabo de ler sobre a morte trágica do filho da Cissa Guimarães. Como o meu, o filho dela era Rafael. Tinha 18 anos e adorava música. teve a vida interrompida pela babaquice de mais um dos tantos babacas que se divertem com seus carros, insistindo em pensar que nunca vai acontecer nada de errado.

Em uma das inúmeras matérias que pipocaram na internet sobre o ocorrido, li essa passagem de Santo Agostinho, uma linda passagem. Minha mãe, me lembrei agora, a leu na igreja, durante a missa de sétimo dia da minha avó. Acho que vale o post.

"A morte não é nada. Apenas passei ao outro mundo. Eu sou eu.Tu és tu.O que fomos um para o outro ainda o somos. Dá-me o nome que sempre me deste. Fala-me como sempre me falaste.Não mudes o tom a um triste ou solene.Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos. Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.Que o meu nome se pronuncie em casa como sempre se pronunciou. Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra. A vida continua sendo o que era.O cordão da união não se quebrou.Por que eu estaria fora de teus pensamentos, apenas porque estou fora de tua vista? Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho. Já verás,tudo está bem...Redescobrirás meu coração.E nele redescobrirás a ternura mais pura.Seca tuas lágrimas e se me amas,não chores mais."

Santo Agostinho