sábado, 30 de janeiro de 2010

Pela Bia em Barbacena!

Arre égua! Chegamos! Harlei e eu finalmente trouxemos duas toneladas de caixas pra essa cidade interessantíssima fincada em algum ponto maravilhoso da Mantiqueira, cravada no Estado mais legal de toda a Federação! Tá, vou parar com a zoeira. Chegamos a Barbacena!

Predinho simpático, três andares sem elevador (estamos no último, imagine como foi carregar a mudança...); não é construção nova, mas também não é velha, ou seja, boa distribuição dos cômodos e todos eles são espaçosos. E com janelões de vidro! Caramba! Os últimos dois anos eu escutava a chuva cair mas não a via, porque nossas janelas eram de madeira. ;-p Agora tem um monte de vidro pra limpar. Ê-laiá...


Nosso primeiro contato foi com uma moradora lá do primeiro piso, no dia da mudança. Educadíssima, a primeira coisa que ela falou foi: “Cuidado pra num ficá batendo a mudança nas paredes!”. Um amor. Nem mereceu confiança. Mas umas horas depois conhecemos o síndico, esse sim muito cordial.

O bairro fica perto do centro, tem boas casas e boa frequentação (só uma vez por dia passa um retardado com carro de som com funk); não tem muito comércio por perto, mas o centro tá logo ali (“logo ali” de mineiro é um perigo).

Na casa antiga, só passava passarinho por cima da casa – aqui de vez em quando passa um avião, por causa da EPCAR. ;-p Me dá saudade das maritacas e dos tucanos-de-bico-branco...

Ah! Chove todo dia. Amanhece um dia lindo com céu de brigadeiro, mas de tarde vira céu de cajuzinho e tampa água! Venta pra danar e cai raio adoidado, já que a cidade é alta. Tem uns que fazem barulho igual aquelas lavadeiras do nordeste quando chicoteiam pano molhado no ar antes de estender no varal. CH'PLÁF!!!! Treme todos os vidros, e o prédio parece que vai pro chão.

Aqui é engraçado porque a maioria das pessoas não sabe onde fica o bairro X ou o bairro Y. “Ih moça, num sei te dizer... pergunta ali na farmácia”. E na farmácia o pessoal faz cara de “ãh?” e também não sabe informar. E são barbacenenses nativos! Deve ser tudo parente meu. ;-p

O comércio é movimentadíssimo e tem alguns dos grandes supermercados – que inclusive ficam abertos até tarde aos domingos! Adoro isso! As grandes concessionárias também estão por aqui, além do turismo das rosas e do enorme número de museus e igrejas antigas.

Só tenho uma reclamação a fazer: CADÊ OS DOIDOS?? Eu sempre falei: 'tá tudo solto em Viçosa', mas naaaaaão, ninguém acreditou na Bia! Só vi um, e era tão sem-graça... Não tem UM Rogerinho, nem UM VanDamme, nem UM Amendoim... Viçosa tem pilhas de malucos-beleza, e aposto que é tudo fugido de Barbacena. Fiquei decepcionada! E tem menos floriculturas do que eu esperava.Mas tudo bem, provavelmente quem vai pra Viçosa também se decepciona com um monte de coisa. ;-p

Mas enfim... vamo barbacená!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Indicação de livro - galera da Publicidade!

Bom, quero compartilhar com vocês a apresentação de um livro muito bom que estou lendo: “Por uma outra comunicação”, de 17 autores (nomes e capítulos no fim desse post) sob a organização de Dênis de Moraes. Só pela apresentação, já dá pra ter uma ideia do conteúdo. Muito bom pra estudantes de Comunicação Social – Publicidade. Abre nossos olhos para certas ingenuidades que temos cultivado.


APRESENTAÇÃO

Este livro reúne um expressivo elenco de autores que desenvolvem, em diferentes países, reflexões sobre efeitos, implicações e perspectivas da mundialização comunicacional e cultural. Trata-se de um esforço coletivo de analisar o raio de alcance das reconfigurações dos meios e modos de produção, difusão, recepção e intercâmbio de dados, idéias, sons e imagens, numa época de aceleração tecnológica, de convergência digital e de mercantilização generalizada de bens materiais e imateriais.

A mídia desempenha função estratégica primordial enquanto máquina produtiva que legitima ideologicamente a globalização capitalista. Por deter a capacidade de interconectar o planeta em tempo real, os dispositivos de comunicação concatenam, simbolicamente, as partes das totalidades, procurando unificá-las em torno de crenças, valores, estilos de vida e padrões de consumo quase sempre alinhados com a razão competitiva dos mercados globalizados. E assim atuam apresentando-se como espaços abertos à reverberação da “vontade geral” - na verdade, um hábil artifício retórico para dissimular vínculos orgânicos com a lógica do capital.

Nesse contexto, um número reduzido de corporações assume o protagonismo na industrialização e na comercialização de marcas, produtos e serviços de informação e entretenimento. Tornam-se baluartes de um dos negócios mais rentáveis da economia de interconexões eletrônicas, com bandeiras fincadas nos quatro quadrantes e convulsiva apropriação de fluxos e componentes culturais.

Há, pois, uma confluência de variantes mercadológicas e tecnológicas nas mediações efetivadas pelos titãs da mídia, em seu intuito de organizar e convalidar os discursos da vida e da produção. Tudo isso em uma moldura de assimetrias e desigualdades entre o círculo de países ricos e a extensa periferia de nações submetidas às políticas excludentes do neoliberalismo. Políticas que favorecem em larga medida a transnacionalização das indústrias culturais, a concentração patrimonial e a primazia do lucro, ao mesmo tempo em que enfraquecem identidades, laços comunitários e direitos sociais.

Contudo, por mais profunda que seja a interferência dos aparatos de veiculação na configuração dos imaginários sociais, o mundo em rede enfeixa contradições, situações articuladas e possibilidades de transformações até então imprevistas. Inclusive aquelas relacionadas à virtualização de conhecimentos, às sociabilidades cooperativas e à meta de democratização da esfera pública. Daí a nossa opção de também lançar luzes sobre novos ambientes, práticas e vertentes comunicacionais tendencialmente propícios à disseminação de ideais participativos e aspirações solidárias.

Significa incluir, no exame da complexidade atual, o mosaico em gestação de resistências às dominações ideológico-culturais, no longo e por certo tortuoso percurso para a reversão de hegemonias constituídas. Creio ser esta a direção de sentido nos textos que focalizam a emergência de movimentos, redes e meios alternativos de expressão, interação e mobilização, tecendo vínculos cada vez mais estreitos com lutas antineoliberais.

Como indicam vários ensaios deste volume, o horizonte para um outro mundo possível não poderá abrir mão de políticas públicas democráticas para os serviços e espaços de comunicação, dentro de uma visão necessariamente supranacional, coordenada e convergente. Difícil imaginar a universalização da cidadania no quadro de dramática oligopolização dos setores multimídias. Resgatar a diversidade é fundamental para a coexistência dos povos, das nações e das culturas, Precisamos com urgência viabilizar um realinhamento equilibrado e estável dos sistemas globais de informação e entretenimento. Realinhamento que respeite peculiaridades regionais e afinidades eletivas, e não desconheça as mutações da era digital, mas que coíba monopólios, permita a descentralização da produção simbólica e assegure o bem supremo do pluralismo.

Por fim, um registro: o livro é dedicado à memória de Milton Santos, que nunca deixou de acreditar na capacidade dos homens de construírem um novo universalismo, digno e igualitário.

Dênis de Moraes


Título: “Por uma outra comunicação”

Editora: Record, Rio de Janeiro

Ano/edição: 2005/3a.

Páginas/encadernação: 414/brochura

Organizador: Dênis de Moraes

Autores/capítulos:

Muniz Sodré – O globalismo como neobarbárie

Benjamim R. Barber – Cultura McWorld

Jesús Martin-Barbero – Globalização comunicacional e transformação cultural

Aníbal Ford – O contexto do público: transformações comunicacionais e socioculturais

René Dreifuss – Tecnobergs globais, mundialização e planetarização

David Harvey – A arte de lucrar: globalização, monopólio e exploração da cultura

Naomi Klein – Marcas globais e poder corporativo

Dênis de Moraes – O capital da mídia na lógica da globalização

Robert W. McChesney – Mídia global, neoliberalismo e imperialismo

Ignacio Ramonet – O poder midiático

Manuel Castells – Internet e sociedade em rede

Franco Berardi (Bifo) – O futuro para a tecnosfera de rede

Mark Poster – Cidadania, mídia digital e globalização

Michael Hardt – Movimentos em rede, soberania nacional e globalização alternativa

Edgar Morin – Uma mundialização plural

Pierre Lévy – Pela ciberdemocracia

José Arbex Jr. - Uma outra comunicação é possível

Osvaldo León – Para uma agenda social em comunicação

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

E o carro sabotou o retorno da praia...


Essa é a nossa mangueira de combustível. "Uai, mas fina assim?" Não, não. Essa não é a original. Essa é a mais nova, revolucionária, sensacional, mega-ultra-power-plus, maluca, estratosférica e biruta...

GAMBIARRA DO HARLEI!!!!

Aconteceu que a mangueira, que provavelmente ainda era a original do nosso Polo Classic '99, começou a vazar combustível lá em bom Jesus, ES. Mas até então não sabíamos o que estava acontecendo. "Deve ser o ar-condicionado." Desligamos o ar, e continou mascando. "Deve ser gasolina batizada." Continuou mascando. "Talvez seja a bomba de gasolina..." Continuou mascando. "Pode ser o filtro de combustível..." Ainda mascava sem parar. O carro morreu umas três vezes na estrada. Demorava a pegar e quando pegava, Harlei metia o pé. Se fosse entupimento, talvez resolvesse (e ia dar trombose em outro lugar, hehehe).


O carro veio mascando e parando (nunca cumprimentei tanto o rei!), até pararmos em Itaperuna, RJ, onde Harlei viu o defeito. Domingo, nenhum mecânico "online". e agora?

Harlei bancou o publicitário e tirou a solução do lugar mais improvável: a mangueira do esguicho de água do pára-brisas. Na foto, Rafael aponta para os conectores dos esguichos, já com a mangueira removida. Essa seção entre um esguicho e outro foi totalmente removida.




A mangueira de gasolina foi cortada e removida. Na ponta que vinha do tanque (ainda com a braçadeira), Harlei enfiou a ponta da mangueira do esguicho até ter certeza que estava razoavelmente firme. RAZOAVELMENTE, porque a fixação de peças como essa, num carro, devem ser ABSOLUTAMENTE perfeitas, com braçadeiras e tudo. Afinal, o que passa ali dentro é gasolina. Tá certo que antes passava água, mas agora... hehehe!

As mangueiras do esguicho têm dois ressaltos em cada ponta - Harlei forçou uma das pontas até conseguir firmar o primeiro ressalto dentro da mangueira de gasolina. Só se vê o segundo, nessa foto.


Aqui vemos a outra ponta, a que acessa o motor. O conector original é esta peça amarela, e ela tem um pino metálico, onde a mangueira de gasolina se encaixava. Mas não havia forma de conectar a mangueira do esguicho a esse pino metálico, porque o diâmetro dela era quase o mesmo do pino. Então, Harlei cortou um pedaço da mangueira de gasolina original (esse trecho de mangueira de borracha lisa) e o usou como "adaptador" (adaptador de gambiarra... essa foi foda...) para ligar a mangueira do esguicho ao pino que ia pro motor.

O resultado é o que você pode ver na primeira foto. Dá pra ver a ponta da mangueira que vem do tanque, a mangueira do esguicho e a ponta amarela que acessa o motor.

"Ah, e deu certo?" Certíssimo! À excessão de alguns momentos em que o motor foi um pouco mais exigido, Harlei veio regulando a pisada pra não submeter a "gamba" a uma pressão muito forte, que poderia sair arrebentando tudo de novo (lembre-se que nada ali tinha braçadeira, foi tudo no encaixe e sem ferramenta). Viemos de Itaperuna até Viçosa, 5 pessoas + bagagem, antes parando em V. Rio Branco, subindo a serra de São Geraldo na maior tranqüilidade.

Mas, gente, não tô com intenção de ensinar ninguém aqui a chubacar motor, tá? É que foi um caso muito curioso, e além do mais, pode servir pra um de vocês, em situação semelhante. ;-) Já liguei pro mecânico, e amanhã conto a reação dele quando vir a gamba.

E o Rafinha foi à praia!!

Vila Velha, ES! Show de bola! Finalmente o filhote conheceu a água salgada, levou capote de onda, encheu a sunga de areia e comeu churrasquinho de queijo!
Essa é a vista do apartamento, bem de frente pro mar.

Ficamos na dúvida se chegaríamos pela RodoSol ou pela 101, e preferimos vir pela primeira (cortando por Guarapari). Não foi exatamente uma boa idéia... inesperadamente a viagem agarrou total quando passamos pelas cidades litorâneas. Acabamos fazendo a viagem de volta pela 101, pra evitar o tumulto.

Chegamos no dia 30 à noite, então não deu pra curtir praia, só na manhá seguinte, quando o mineirinho Rafinha meteria os pés na maior quantidade de areia que já vira na vida:

A AREIA DA PRAIA!!

Ele foi com uma sandália de tira, mas pesou tanto que nos dias seguintes foi de chinelão, mesmo. ;-p

Quanta água! Quanta areia! Quanto sol! Quanto vento! Rafinha estava na praia, finalmente! Não falou muita coisa, mas o rostinho falava mais do que um livro de romance! Essa aí foi a primeira pisada na marola, pra sentir a te
mperatura e a estranha sensação de ser tocado por uma água que vem do nada e que volta pro nada. Pensando bem... that's weird...


E O PRIMEIRO TAPÃO DAS ONDAS! Aumentem a foto e vão ver a cara que ele fez! Hehehehe! Mas saio na defesa: essa não derrubou ele. Mas segundo contagem do próprio Rafael, em 4 dias de mar foram 22 caldos (sendo 15 só nesse
primeiro dia). Pode isso?? Ele contou os caldos que levou! ;-p



E ele correu das ondas...

... voltou pra passar protetor...

... reclamou do gosto da água do mar (que é ruim, mesmo)...

... brincou de pular onda...

... comeu churrasquinho de queijo e de frango...

... e dormiu feito uma pedra.

E assim foi, por três dias e três noites, com direito a nadar na tarde do dia 31, quando choveu (é, ele quis ir à praia na chuva - e eu fui!). Curtiu à beça, como todo estreante na praia. Mas essa estréia foi a mais especial que já vi - porque era a do meu filho. ;-) Meu Rafinha.

Ah, meu mineirinho! Essa foi só a primeira! :-)