terça-feira, 29 de setembro de 2009

Senta a púa!!!

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobre a depilação feminina...

“Tenta sim! Vai ficar lindo!!!!!”

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada? Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves (sabia lá o que me esperava...), coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. “Oba, vou ficar que nem ela! Legal!”, pensei. Ela pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado, a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Pode deitar, querida.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- ...é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão (esqueci de apresentar antes).
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação! E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem. Gostoso, quentinho, agradável... até a hora de puxar.

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído e que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ter que ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão e manter aquela cara de quem está achando tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa “que garota estranha”. Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.

O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia! Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. “Me leva daqui, Deus! Me teletransporta!”. Só voltei à Terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu tuin peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu,entre tantos? E aí me veio o pensamento: “Peraí! Mas tem cabelo lá???” Fui impedida de desfiar o questionamento . Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. “Baixe a calcinha”?? Como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar? Namorar... Eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada. Queria comprar o domínio preserveasbocaspeludas.com.b r. Queria tudo, menos namorar!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ensaio sobre a arrogância

No meu último post, falei de uma pessoa que foi considerada arrogante, apesar de eu achar que não era bem isso. E agora há pouco, atendi uma pessoa que se acha a azeitona mais importante do vidro. Uma pesquisa rápida sobre a arrogância me levou a uma resposta de uma psicóloga sobre esse defeito que tanta gente tem.

"
O arrogante pode ser aquele que "pensa" ter o poder absoluto, pensa saber mais que todos, pensa ser o imbatível, o melhor, enfim, alguém que se acha o máximo e que jamais comete erros.

Pois bem .... sabemos que isto é uma mentira. Perfeição não existe em ninguém e em lugar nenhum... Portanto o arrogante é mais uma mentira criada pelo p´róprio homem para suportar sua impotência diante do outro, suas fraquezas e seus possíveis erros.

Lidar com este tipo de pessoa é bem complicado. Ser tolerante é fundamental, mas como tudo na vida tem limite , o arrogante corre o risco de ser exposto, de ser cobrado, de ser abordado de maneiras até mesmo agressivas.Eu mesma já presenciei uma situação assim . As pessoas "suportavam" o arrogante até que um dia a panela explodiu .... As pessoas não estão preparadas para serem tolerantes sempre. O limiar de paciência está cada vez menor.

O arrogante pode acabar tendo consciência do mal que faz as pessoas através de meios nada agradáveis para ele.
Por isso considero importante a empatia, só ela é capaz de nos dar uma visão do que somos na vida das outras pessoas e as consequências que provocamos.

A arrogância é prova maior de que nada sabemos."

Outros comentários:

"A pessoa arrogante é um ser frustrado, sem amor, sem respeito, que chama a atenção, não pela simpatia, ou encanto, ou capacidade, ela chama a atenção para si sendo desagradável."

"As pessoas de grande arrogância não possuem integridade, vacilando e mudando de opinião conforme a situação. Fazem guerra, matam, roubam, enganam e se justificam inventando um motivo nobre.
Agem com arrogância os que ensinam aos outros o que eles próprios desconhecem. Quem não sabe para si, não ponha escola".

O arrogante certamente considerará este texto, como sendo arrogância de quem o escreveu.

A arrogância não é atributo dos sábios, mas dos ignorantes.

Do Latim -> Orgulho; Soberba; Altivez; Presunção; Insolência; Audácia.

Portanto meus caros amigos, sem dúvida alguma, o arrogante é um doente."

Todos estes trechos foram ditos por psicólogos e gerentes de RH.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Querido diário I...

Querido diário,

Ontem conheci uma pessoa que, do meu ponto de vista, deve ser a mais triste da cidade. Bom, pelo menos entre as que conheço.

Essa pessoa trata os outros muito mal! Eu não sei por que, se ela foi criada assim, mas ela tenta provar alguma coisa pro mundo o tempo todo. Não acho errado a gente querer mostrar serviço - a gente precisa, mesmo, se diferenciar dos outros - mas pisando nas pessoas como ela faz...

Ah, diário, se você visse essa pessoa, concordaria comigo. Só de olhar pra ela, você já percebe que tem boi na linha. Nem precisa de estudar neurolingüística! É muito claro.

Até comentei isso com um amigo psicólogo, e ele disse que isso é comportamento de gente arrogante. Eu não sei se concordo com ele. Acho que não é arrogância. Mas também não sei o que é. Parece pior do que isso.

Mas é triste ver uma pessoa assim, viu, diário? Imagino que pessoas assim jamais terão um namoro de longa data, que morrerão sozinhas sem filhos, sem família, talvez até sem amigos. Afinal, quem é que quer ficar perto de gente assim, a longo prazo?

Só sei que, depois de conhecer essa pessoa, fui pra faculdade pensando nisso e dormi pensando nisso também. E quer saber? Prefiro ser assim, indiferenciada, do que ser como aquele ser infeliz. Aliás, será que aquela criatura sabe que é infeliz? Ou será que de tanto tentar provar que está feliz, acaba acreditando que está mesmo?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ô, VANUUUUUZA! FIZ UMA COLA PROCÊ!! (ô, criatura apalermada...)

Eu sou gente boa. ;-p E no auge da minha gente-boazice (e superior modéstia), deixo aqui minha contribuição à doce e aculturalada Vanuza, para que o remedinho nunca mais a atrapalhe a cantar o majestoso Hino Nacional da minha terra.

Vanuza! Ô, Vanuza! A hora que esquecer, dá um pulinho aqui, tá? Num me mata de vergonha de novo, não!

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
(essa última é minha parte favorita, vê se não erra nela)

Um hino bonito feito esse devia ser cantado por quem tem talento (e saúde) pra isso.