quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Uma rica volta pra casa, parte 2

Enquanto eu estava no mesmo ponto de ônibus, antes de ter visto o Colares, um casal de amigos ria de um cara que estava lá do outro lado da rua. Ele era conhecido desses dois e fazia o mesmo curso à noite. Eles conversavam sobre ele e riam. Comecei a prestar atenção na conversa e descobri qual era a graça: aquele rapaz não batia muito bem da cachola, e dava risada dos carros que passavam! Pensem bem nisso! Rir dos carros que passavam! E não era rir de carros ferrados, velhos, feios, nada disso. Era simplesmente porque ele, no mundo que só acontecia em sua cabeça, achava os carros engraçados!

De pé, as mão nos bolsos da calça, uma expressão risonha no rosto. Passava um carro, ele olhava e dava aquela gargalhada sem voz, mas que o corpo todo reage. Passava outro e ele tornava a rir. Passava moto e ele ria. Caminhão, bicicleta, ônibus... Às vezes ria menos, como se tivesse ficado cansado. Mas dali a pouco, recomeçava a diversão! E o casal rindo dele discretamente – e quando vi, eu também estava achando graça!

Que cara abençoado. Espero que ele seja muito feliz! Porque ele faz os outros felizes mesmo sem perceber, quando dá risada dos carros que passam. Nem que seja por julgá-lo louco, as pessoas riem, por poucos instantes elas têm felicidade de algum tipo. Quanta gente consegue fazer os outros ficarem alegres, nem que seja por um tempinho só? Eu realmente espero que Deus abençoe aquele cara, e que ele seja uma pessoa feliz de verdade, porque ele merece.

Uma rica volta pra casa, parte 1

Hoje, meu retorno pra casa foi muito interessante. No ponto de ônibus estava um professor que é pai de uma grande amiga minha (aliás, tem tempo que não converso com ela, mas enfim...); ele é professor de Física, e todos o chamam de Colares. Não porque ele usa colares, este é seu sobrenome. Enfim.

Colares é aquele tipo de físico que é tão inteligente, mas TÃO inteligente que não consegue tirar uma carteira de motorista. O cérebro dele tem uma atividade anormal, assim como sua inteligência. É um cara ótimo e está sempre discutindo suas teorias – é um cara fanático pelo estudo do tempo. Inclusive teve um dia que ele foi ao meu serviço procurar ajuda para reparar um erro no Eudora (programa de e-mail). Ele logo começou a falar sobre a existência das coisas em função do tempo, e o papo se estendeu por 30 minutos cravados. No final, ele agradeceu e foi embora, sem dizer qual era o problema com o Eudora. Até hoje não sei por que, exatamente, ele agradeceu. ;-p

Um dia, eu passeava perto da quadra com um amigo, e nessa quadra estava acontecendo um jogo de vôlei. Colares estava lá, de pé, assistindo. Meu amigo então divagou: “o que será que passa na cabeça do Colares quando ele vê um jogo desses? E eu respondi: “Acho que ele nem vê o jogo. Provavelmente só enxerga vetores!”. Foi uma risaiada só!

Mas enfim. Vi o Colares no ponto e já saquei que ia ter conversa boa – provavelmente não comigo, porque tinha um aluno dele no mesmo ponto, mas eu poderia dar uma orelhada. E de fato foi muito bacana! Ele veio discutindo uma teoria sobre o tempo, mas sobre uma ótica totalmente particular dele. O raciocínio era o seguinte: medimos o tempo por parâmetros sociais. Isso de 60 segundos formarem um minuto, e sessenta minutos formarem uma hora é pura convenção humana. Temos a impressão de que o tempo passa mais rápido quando estamos nos ocupando de muita coisa, e que ele passa devagar quando estamos à toa, não é? Quando nos ocupamos, o cérebro cria uma série de conexões neurais, que agirão no raciocínio da nossa ocupação, certo? E como usamos neurônios para ver, ouvir, cheirar, pensar, lembrar e sentir, a quantidade de neurônios usada é enorme, não é? E isso implica em alto ou em baixo gasto de energia? Alto, correto? Pois bem. Se nos ocupamos, gastamos energia e sentimos fome, e ainda por cima temos a impressão de que o tempo passou mais rápido. Né? Então o tempo está diretamente relacionado com o gasto de energia de cada um, de acordo com seus afazeres e sua atividade neural. Ou seja: o tempo pode ser mensurado de uma forma nova: por você mesmo! Olha que pensamento mais doido! E o pior é que, se você parar pra pensar, vai ver que tá certo! Quanto mais energia você gasta usando seu cérebro, mais rápido o tempo passa!

Loucura, loucura, loucura!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fazendo miséria com uma câmera digital comum

Eu tenho uma câmera fotográfica digital Sony Cyber-shot de 8MP discreta, dessas de turista. ;-p E como a maioria das pessoas, eu não sabia usar os recursos que ela tem. Entretanto, depois de algumas aulas de Fotografia no meu curso de Publicidade, resolvi sair atrás das opções de configuração que ela oferece. Descobri que ela permite que eu mexa no seguinte:

- tempo de exposição (S);
- diafragma (A);
- ISO/ASA (sensibilidade do "filme");
- white balance (iluminação da cena);
- qualidade da imagem (se ela vai ter 1MB ou 8MB).
Entre outras.

Aí resolvi fazer uns testes, aproveitando que meu filhote estava brincando na piscina,
e o resultado foi esse.


Essa foi a primeira que bati com movimento relativamente rápido. O salto foi mais lento, mas mesmo assim exigia uma velocidade maior do obturador. As configurações da câmera pra essa foto foram:
A: f/2,8
S: 1/1500
Flash: não
WB: luz do dia
ISO: 80

Ok, exagerei na velocidade do obturador, eu sei. ;-p

Reparem que o congelamento do momento foi muito bom - inclusive, a água que se desprendeu do pé esquerdo dele, que acabara de sair do chão, ainda está no ar.



Essa foto eu achei interessante, porque bati no momento errado, mas pegou um momento bem legal. Ele havia acabado de pular na água, e já estava com metade do corpo imerso.
A: f/2,8
S: 1/1000
Flash: não
WB: luz do dia
ISO: 80

Vejam no detalhe:

Mesmo com a velocidade do obturador estando mais baixa (mas ainda assim, bem alta), foi possível congelar perfeitamente a bolha de água ao redor do corpo, e também os respingos, sem aquela impressão de "borrão" por causa do movimento.

Logo depois dessas fotos, tivemos que ir embora; então, não deu pra fazer mais testes. Mas ficou claro, né? Aquela "camereca" que você tem em casa, se você se acostumar com as configurações que ela disponibiliza, pode fazer fotos muito bacanas! :-)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

NÃO à homofobia!

Pessoal, vocês sabem EXATAMENTE o que é a homofobia?

Wikipedia:
A homofobia (homo= igual, fobia=do Grego φόβος "medo"), é um termo utilizado para identificar o ódio, a aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais e, consequentemente, contra a homossexualidade, e que pode incluir formas sutis, silenciosas e insidiosas de preconceito e discriminação contra homossexuais.

O Senado está analisando o projeto de lei PLC 122/200, que tornará crime a homofobia (clique aqui para votar na enquete sobre a lei). Mas o que isso quer dizer?

Isso quer dizer que as agressões físicas, verbais e atos que discriminam um indivíduo simplesmente por ele ser homossexual vão passar a ser crime, passível de punição e tudo. Se você tem mania de fazer o homossexual passar vergonha na rua, poderá ser preso. Se você é um desses pitboys nojentos que se juntam em bandos de 5 caras pra espancar um homossexual, vai preso (e os outros também). Se você deixa de empregar uma pessoa por ela ser homossexual, vai preso. E por aí vai.

"Eu sou de paz, mas não sou a favor do homossexualismo. Essa lei vai me obrigar a gostar disso?" Não. Todos têm direito a gostar ou não do que quer que seja. O que essa lei vai fazer é obrigar todo mundo a respeitar a opção dos homossexuais em serem homossexuais. Assim como você tem o direito a optar em não ser. Né? ;-) Você também não espera ter essa escolha respeitada? Pois então.

"Então, se tiver um casal homossexual num comportamento inapropriado na rua, eu não vou poder nem chamar a atenção, que vou ser preso?" Também não é assim. Comportamentos inapropriados devem ser advertidos mesmo, quer eles venham de casais homossexuais, quer venham de casais heterossexuais. Educação tem que vir de todo lado, ninguém tem "permissão especial" pra fazer o que der na telha.

O importante, pessoal, é que todo mundo tem direito de escolher a profissão que quer seguir, o bairro onde quer morar e também sua opção sexual. Conviver com as diferenças é o BÁSICO para uma boa convivência com o resto do mundo. Somos 6 bilhões de pessoas - e você espera que sejam todas como você? ;-) O mundo seria bem do sem-graça, né não? Se você não gosta do homossexualismo, tudo bem. Mas ao menos se aproxime deles, puxe conversa. Vai perceber que não são assim tão diferentes de você! :-)

P.S.: Aos curiosos; não, eu não sou homossexual. Mas tenho grandes amigos que são, e afirmo de cadeira: SÃO UM BARATO! ;-D

Segue um artigo mais detalhado sobre o projeto de lei (PLC) e um comentário de Carolina Lehner:

Prestes a se tornar a primeira lei federal do país a tratar dos direitos dos homossexuais, o PLC 122/06 torna crime a discriminação de pessoas por “gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero”. A proposta, apresentada em 2001 pela então deputada Iara Bernardi (PT-SP), altera o Código Penal e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), tipifica como conduta criminosa a dispensado trabalhador em função de sua orientação sexual e prevê até cinco anos de prisão para quem discriminar qualquer cidadão por sua orientação sexual. “É um projeto necessário, que vem em boa hora colocar um freio nos mais de 100 homicídios que ocorrem no país a cada ano envolvendo homossexuais”. De acordo com estatísticas levantadas por entidades ligadas ao movimento gay, a cada dois dias um homossexual é morto no país, vítima do ódio e da intolerância despertadas por sua orientação sexual.

O que é a homofobia?

Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual. O homófobo pode reagir perante os homossexuais com calúnias, insultos verbais, gestos, ou com um convívio social baseado na antipatia e nas ironias, modos mais disfarçados de se atingir o alvo, sem correr o risco de ser processado, pois fica difícil nestes casos provar que houve um ato de homofobia.


“Lutar contra a homofobia é uma forma de Paz no mundo e liberdade aos diferentes” (Carolina Lehner)


A lei (PLC 122/2006) não está sendo colocada em debate pra que as pessoas passem a gostar do homossexuais não, mas sim que apresentem um respeito digno a eles, os tratando de igual pra igual. O que a lei deseja evitar é a discriminação do homossexual e que este seja exposto a humilhação, seja em público ou qualquer ambiente, buscando assim uma harmonia justa entre pessoas, independentes de serem heterossexuais, Homossexuais, Bissexuias ou Transsexuais.


“Homofobia é a prova do quanto o ser humano pode ser irracional e sem noção de respeito ao próximo, seja ele quem for” (Thiago Silvestre, Mr. Gay Brasil)


Não queremos aceitação, não queremos punição! Queremos liberdade, queremos igualdade! Sou cidadã como você, tenho direitos e obrigações. Tenho o direito de ser livre, e obrigação de ser feliz! (Carolina Lehner)

Diga NÃO a HOMOFOBIA!! Isso é crime é dá punição!

http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0 Vote!

Carolina Lehner

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sobre a "Piriguete" da Uniban

Essa conversa tá ficando cansativa, já. Vou dar minha contribuição pra desengasgar o incômodo da minha garganta.

Eu sou uma pessoa considerada, talvez, retrógrada pelo pessoal dos dias de hoje. Quadrada é um adjetivo que me dou sem nenhum pudor, e me assenta bem. Por que?

- porque acho de péssimo gosto essas moças andando de shortinho na risca da bunda;
- porque acho muito vulgar sair de top e shortinho pela rua, quando essa vestimenta é coisa de praia;
- porque vestido curto não é roupa que se use numa faculdade (não é, mesmo, e pouco me importa a justificativa que você arrumar);
- porque acredito que moças que se dão ao respeito não precisam exibir o corpo por aí, como se não tivessem um valor importante a oferecer (além da ******);
- porque acho feio biquíni fio-dental e top de cortininha que só cobre o mamilo e mais nada (isso é coisa de p*ta).

"Ah, mas tem feito muito calor, temos que usar menos roupa, mesmo!" Não. Tem é que se hidratar mais, procurar uma sombra e usar roupas mais leves, o que não significa que elas têm que sumir.

"Ah, mas você é muito machista!" Não, machista é a última coisa que sou. É foda ver que, depois de tanta briga pra termos direitos iguais, pedirmos por mais respeito, essas periguetes que vemos pela rua resolveram jogar o pouco respeito que conseguimos no lixo.

"Ah, mas você é muito quadrada!" Ah, isso eu sou mesmo. Sobretudo se quadrada=bom senso. Aí eu sou quadradíssima!

Para ser justa: também não acho nem um pouco bonito ver rapazes andando sem camisa pela rua. Aliás, acho isso uma grande grosseria! Como também acho grosseiro um cara se sentar à mesa para almoçar, sem tirar o maldito boné. Como também acho extremamente grosseiro os comentários que eles fazem sobre as moças na rua, ou aquelas olhadas nojentas. De pedreiros a estudantes filhinhos de papai. Como também acho que que esse pessoal que escarra e cospe no chão não teve nem pai e nem mãe, e provavelmente foram criados num celeiro ou num paiol.

O mundo está ficando cada vez mais mal-educado, e está se tornando deveras criativo para arrumar uma desculpa que, aos incultos, pareça válida. (se sentiu chamado(a) de burro(a)? Então provavelmente a carapuça te serviu)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Jornal turco faz filme contra o preconceito

O preconceito traz barreiras invisíveis mas poderosas. No filme abaixo, homens, mulheres e crianças são oprimidas o tempo todo e têm seus movimentos tolhidos para mostrar que qualquer tipo de preconceito é um desastre. A angústia que as imagens passam só termina quando um dos personagens consegue atravessar (e romper) a barreira que, neste ponto, se transforma em cacos transparentes como vidro. A peça foi feita pela Ogilvy&Mather de Istambul para o jornal turco Zaman.




Fonte: blog Comunicação de Interesse Público

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

E assim nasceu: Ah, Tá!

ENFIMMMMMMM!!!

Demorou, e chegou atrasada em duas semanas (gozado, Rafinha também atrasou isso pra nascer...) mas nasceu.


A Ah, Tá! Publicidade é o nome com que a Cássia e eu vamos passar a assinar nossos jobs publicitários daqui pra frente. O job do Coeducar saiu sem nada porque as duas lesadas aqui se ocuparam tanto com ele que não sobrou tempo hábil pra pensar na NOSSA assinatura. ;-p Coisa de iniciante.

Mas por que diabos "Ah, Tá!"? Bão, a gente vive falando isso, somos mais pra palhaçonas (leia-se "avulsas ao mau humor"), então já tem um link automático com as criativas por trás da idéia. E por que preto e branco (nosso clássico PB)? Gasta menos tinta e é mais fácil combinar com as artes que desenvolvermos. E por que all-type (nosso clássico "texto puro")? Pela mesma facilidade do PB - ademais, ele continua visível se o reduzirmos muito, ou se o aumentarmos escandalosamente.

Logo fácil de usar, de falar, de memorizar, tem cara de espírito jovem - poreeeeeém: responsável. Sempre. ;-)

Ah, tá!