terça-feira, 30 de junho de 2009

Não fique agarrado, deixe isso pros pregos!

Duns tempos pra cá, uma colega e eu andamos às voltas com a criação de um novo logotipo pra uma pousada. Fomos até lá pra entrevistarmos o dono da pousada, os funcionários, alguns moradores locais e alguns turistas - era um trabalho sobre comunicação em ecoturismo. "Sem querer querendo", combinamos com o proprietário que apresentaríamos uma proposta de identidade visual pra pousada, já que ele não havia gostado da atual, feita por outra pessoa.

E aí começamos pensar. O que vamos fazer? Pois bem, é uma pousada, numa área rural, ecologicamente correta... tintura de terra... fogão à lenha... rústica... matas... bichos... cachoeiras... Juntamos toda a informação que obtivemos no trabalho, na tentativa de surgir um logo, do nada, em nossas mentes.

E nada acontecia. Dias, semanas, meses. Presas ao briefing, ou seja, ao amarrado de informações coletadas lá. E me lembrei, depois de muuuuuuuuuuuito tempo, dum livro que li pra uma outra disciplina, e nesse livro falava que o maior limitador da criatividade é extamente o briefing. Então pensei: às favas com ele! E deixei a mente livre pra criar o logo, mas sem as brief-amarras, dessa vez.

E saiu uma boa idéia. Mostrei pra tal colega, que fez diferente-porém-parecido, e ficou mais harmônico do que minha idéia inicial - ela também sacou a idéia de desatar a cordinha do briefing. Fomos desenvolvendo juntas, mudando um treco aqui, um troço lá...

E cá estamos! Já mexendo no folder! Teremos um trabalho muito interessante pra apresentar ao dono da pousada, e tenho pra mim que ele vai gostar! (mas se não gostar, a gente volta pra prancheta, na maior)

Ficar preso num lugar é coisa de prego. É o que todo bom livro de Publicidade fala: não se atrele às velhas fórmulas, busque o novo, inove, invente. Tanto jeito diferente de resolver o mesmo problema, vai usar a velha fórmula por que???

Fica aí como conselho, povo, e não é só pros proto-publicitários. Abram a mente! Ser criativo não é usar o que é pouco usado, é criar o que não existe! ;-)

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