Eu uso demais o Twitter, e de vez em quando me pego digitando informações que seria melhor não divulgar – a maioria eu percebo logo e apago antes de postar. Por exemplo, se “vou ao banco e volto logo”, ninguém tem que saber – a menos que alguém esteja me vigiando, que já saiba, pelo Orkut, onde eu moro, o que eu faço da vida, onde trabalho, onde estudo. Minha foto ele já tem, então ele já pode me reconhecer. Se souber onde moro, melhor ainda – e se souber a que horas a casa está vazia então! “Uau! Valeu, moça!” E se eu postar que acabei de comprar um carro? Ou uma LCD de 42”? Se consegui um ótimo emprego na empresa X? Dá ou não dá pra calcular que tenho dinheiro e que sou um ótimo alvo? Sem querer, fiz mais da metade do serviço do ladrão.
Permanecendo no Twitter: conhecemos lá ótimas pessoas, com ótimos comentários, mas muitas vezes não sabemos o nome real, ou onde trabalham – no máximo, a cidade onde moram. Esse é o ideal: eu existo, eu tenho opiniões e comentários, e isso é tudo o que você vai ficar sabendo de mim.
Outras pessoas dão mais informações pessoais, por exemplo, informando o blog que elas mantém. Lá deve haver um “quem sou eu”, dando essas informações. E ainda assim, não passa de “formada em tal curso, em tal universidade”. Pronto.
Eu falo demais, mas estou me policiando a falar menos. E você? O que anda falando na internet?
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