quinta-feira, 6 de maio de 2010

Evite olhar superficialmente, publicitário...

O texto não tem a ver diretamente com publicidade mas, lendo até o final, vocês vão ver que, indiretamente, tem sim.

Há poucos dias, o Jornal Nacional fez uma matéria sobre o aumento nos casos de hipertensão entre os brasileiros, e fez um apelo para que a população reduzisse o teor de sódio em sua alimentação, a fim de evitar o mal.

Pois bem. A hipertensão tem várias origens, sendo que as principais são: má alimentação (excesso de sódio), estados emocionais e genética. Se a origem da sua hipertensão for excesso de sal, você reduz a quantidade diária, faz exercícios e pronto. Se for emocional, faz um acompanhamento psicológico (ou mesmo usa alguma medicação anti-ansiolítica) e fica bem. Mas e se a causa for genética?

Eu que sei. O buraco é beeeeem mais em baixo. Só cortar o sal não adianta, cortar o sal e fazer exercícios não adianta, cortar o sal, fazer exercícios e levar uma vida tranquila não adianta. Ajuda, mas não resolve. Remédio neles, pra todo o sempre.

Já ouviram falar em SELEÇÃO NATURAL? É um mecanismo da natureza, que evita que organismos fracos e doentes continuem andando sobre a terra, mantendo só os fortes por aqui. Com a medicina, hipertensos, diabéticos, portadores de câncer têm vivido muito mais tempo - antes eles morriam em questão de meses. Até de gripe se morria! Agora não. Vive-se com essas doenças todas, procria-se e deixa-se o gene da doença em seus sucessores. Eles desenvolverão estas doenças, usarão da medicina para continuarem vivos, terão filhos e passarão para eles o mesmo gene que você passou para eles. Resumo da ópera: a medicina matou a seleção natural.

De volta ao Jornal Nacional: adianta só cortar o sal? O Brasil está pipocado de hipertensos genéticos, que passam o gene da doença para seus filhos, que o passarão para seus netos. Com ou sem sal em excesso, a hipertensão continuará. Foi feita uma observação de certa forma leviana sobre a hipertensão no Brasil. O problema causa/consequência não foi estudado a fundo. O diagnóstico foi errado/incompleto, e a solução sugerida também.

Olhar superficialmente um problema é como julgar alguém pela aparência: dá errado e você ainda sai mal na fita.

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